A psicoterapia de adultos é, resumidamente, o atendimento conduzido por um psicoterapeuta que auxilia o adulto na busca pelo autoconhecimento. Ele colabora para que o paciente consiga lidar com dificuldades no âmbito pessoal, profissional, social, conjugal ou familiar. A vida adulta é uma fase repleta de conflitos e dificuldades, que bem sabemos são aspectos inerentes ao ser humano, e na sua longa jornada.
A psicoterapia é um espaço mágico de escuta que pode ajudar o indivíduo em seus conflitos mais íntimos, propondo a ele um lugar de reflexão e de elaboração de suas questões existenciais. Neste sentido, o vínculo com o seu psicoterapeuta para que ele possa fazer a sua jornada que não é fácil, é muito importante e fundamental.
São feitas entrevistas iniciais e de forma individual, com o propósito de ampliar a compreensão sobre a vida e o que levou o indivíduo a procurar pela psicoterapia. No decorrer das sessões, o paciente é convidado a falar livremente sobre o que desejar e o processo se desenrola com a ajuda do psicoterapeuta.
Trilhar pelo caminho de se descobrir nossas motivações ligadas aos nossos comportamentos, às emoções e percepções nem sempre claras, conscientes, constituem uma fonte inesgotável de autoconhecimento e de maturidade para o que está por vir e que jamais termina.
A procura pela psicoterapia pode ocorrer por iniciativa do adolescente ou dos pais. Procuramos conduzir entrevistas iniciais com os pais, ou responsáveis, que serão acionados no decorrer das sessões programadas, ou toda vez quando for necessário.
O objetivo da psicoterapia com o adolescente é oferecer um espaço neutro, com um olhar especialista – atento, onde o primeiro possa se sentir livre para falar de suas angústia, anseios, desejos, medos, ideias e dúvidas, buscando informações sobre questões que normalmente surgem nessa fase do desenvolvimento do ser humano.
Este tipo de psicoterapia dirigida ao adolescente ocorre de modo semelhante à desenvolvida com pacientes adultos. Como eles possuem maior alcance emocional que as crianças e conseguem expressar os seus pensamentos, o trabalho psicológico se dá pelo diálogo e da escuta, e, eventualmente, por recursos psicopedagógicos.
Os conflitos existenciais podem se dar tanto em relação a si próprios quanto aos outros, principalmente com os pais, que acontecem num período característico de muita confusão – com mudanças corporais, expectativas diversas de outros e pela sinalização contundente de novos papéis que ainda virão pela frente.
O desequilíbrio emocional, psicológico e a insegurança são iminentes em muitos casos, não há “berço de ouro” que os impeça de aparecer. Assim, o auxílio psicoterapêutico pode sim ser o melhor caminho, contando com a corresponsabilidade dos pais para este propósito tão importante que é o crescimento emocional.
Em tempos de intenso ativismo e das exigências do performar na vida cotidiana de casais, as relações tem sido marcadas por ligeiras mudanças – a começar pelos inúmeros papéis a serem assumidos, condição que nem sempre é fácil para ambos.
Nós esquecemos da nossa individualidade, de ver o “dentro” para cuidar daquilo que está fora da melhor forma, centrados. Esta percepção é, sem dúvida, ao nosso ver, o grande desafio para se levar adiante uma vida conjugal equilibrada, amorosa, virtuosa e de cumplicidade.
Vivemos o paradigma adoecido da comparação e do controle, sem que tenhamos a estrutura mental suficiente para isso, acarretando numa enorme ansiedade observada na maioria dos casais, entre outras coisa também.
Esta psicoterapia, breve, implica em um tempo determinado, com o estabelecimento de sessões combinadas entre o psicoterapeuta e o casal. Entregar-se a ela é muito importante.
Por fim, nós, psicoterapeutas, que trabalhamos com a psicoterapia breve, confiamos que nosso trabalho com os pacientes não termina com o fim do processo terapêutico, mas se estende ao longo do tempo, porque o casal/família entende pela experiência que teve, que pode continuar a aprender sozinho (a) a lidar com as surpresas da vida cotidiana, a partir do que foi analisado durante o processo psicoterapêutico que contratou.